segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Síntese do Trabalho

Justificativa

O presente projeto justifica-se pelo aumento no índice de meninas grávidas na adolescência e buscamos com ele orientar estas adolescentes para toda a responsabilidade de que é ser mãe e as adaptações que viram. Com sair, estudar e trabalhar são algumas das coisas que se tornam mais difíceis ou às vezes até impossível e o outro lado bom é poder formar família, acompanhar o filho na sua adolescência estando jovem. A falta de diálogo com a família é um fator que eleva muitas meninas engravidarem cedo, pois buscam informações em lugares errados e a influência da mídia.
De acordo com alguns autores (Banaco, 1995; Strasburger, 1999; Muuss, 1996), este comportamento durante a adolescência deve-se às expectativas sociais e à modelação a partir da televisão, filmes e músicas que influenciam o espectador desde a mais tenra idade.
É possível, no entanto, baixar estes índices promovendo um espaço que elas possam fazer perguntas, esclarecerem suas duvidas para que possam passar esse processo de criança a adolescente se descobrindo naturalmente sem ter que se tornarem adultas “amadurecer” através da responsabilidade.
Segundo Glaucia da Mota Bueno:
A adolescência implica num período de mudanças físicas e emocionais considerado, por alguns, um momento de completivo ou de crise. Não podemos descrever a adolescência como simples adaptação às transformações corporais, mas como um importante período no ciclo existencial da pessoa, uma tomada de posição social, familiar, sexual e entre o grupo.


Metodologia

Para atingirmos o objetivo do projeto, e descobrirmos um pouco mais sobre a questão relacionada aos problemas da gravidez na adolescência, adotamos por método entrevistas realizadas com mulheres que engravidaram durante a adolescência. A entrevista foi aplicada a seis mulheres que engravidaram entre treze (13) e dezoito (18) anos de idade.
Composta por sete questões qualitativas, a entrevista teve por objetivo, primeiramente de descobrir qual a média de idade em que as adolescentes engravidam, e posteriormente saber um pouco sobre seus anseios e preocupações, as mudanças em suas vidas e os reflexos causados no ambiente familiar.
Também de forma muito importante, qual o pensamento das mulheres/meninas que passaram por esta experiência e quais as sugestões que elas têm para as adolescentes de hoje.
Além das entrevistas, as pesquisas bibliográficas, análise de pesquisas científicas, entrevistas com profissionais da área de saúde e da área social, nos ajudaram a compor este projeto, sobre este tema tão importante e saliente na sociedade atual.

Tabulação das Entrevistas
1) Qual a sua idade ao engravidar?
Menos de 15 1
A partir de 15 5
2) Qual a sua reação ao perceber a gravidez?
Assustada, nervosa 4
Confusa 2
3) Qual a reação da sua família?
Apoiaram 1
Mal, depois aceitaram 4
Nunca aceitaram 1
4) À que você atribui esse fato em sua vida?
Falta de informação 1
Falta de cuidados 3
5) O que mudou na sua vida após a gravidez?
Positivamente:
Não há 1
Nascimento do filho 3
Responsabilidade 2
Negativamente:
Não sai mais 1
Toda a situação 1
Perdeu as amizades, pular essa fase 3
Não há 1
6) Na sua opinião, é um problema engravidar enquanto adolescente?
Sim 4
Não 2
Depende 2
7) Após esta experiência, o que você sugere para as adolescentes de hoje?
Não engravidar cedo 1
Tomar cuidado 5

Dúvidas provisórias e certezas temporárias

Apesar da grande quantidade de informação que existe hoje sobre sexo, gravidez, DSTs ainda tem muitas contraversões que acabam surgindo e se tornando verdade. O que acontece é que esses mitos ocorrem principalmente naquilo que se vê como quase absoluto. Não fosse o quase estava tudo resolvido. E quando chega a hora da gravidez, ai sim o quase não existe.
É muito comum ouvir de jovens que dizem transar sem camisinha, porém na hora H ejaculam “fora”. Alguns que acham que na época da menstruação não pode engravidar, ou até mesmo as meninas que pensam que como menstruaram não há chance de estarem grávidas. Estão certos? Em quase 100% dos casos, porém novamente vem o quase.
E como não existe a “quase grávida” é bom esclarecer algumas questões.
Primeiro, sobre a ejacular fora da vagina. Antes de ocorrer a ejaculação o pênis expele um líquido com função de lubrificação que pode conter uma quantidade de espermatozóides, ou seja, pode engravidar.
Da mesma forma, em casos raríssimos ocorre de meninas engravidarem quando estão menstruadas. E aquele alívio do “ufa, menstruei, não estou grávida” pode ser algo temporário. Existem casos de mulheres que menstruaram até os três meses de gravidez.
Ta, sinceramente, essas não devem ser as únicas duvidas ou informações distorcidas. Mas porque elas acontecem?
Que hoje existe muito mais diálogo é fato. Porém será que as pessoas que instruem no caso os pais e familiares, sabem realmente para poder ensinar? Será que eles não têm informações apenas de experiência própria, onde se nos enquadram quase 100% dos casos onde nada acontece?
Assim, as informações que deveriam sair de casa já começam falhas. Onde os maiores educadores não têm conhecimento suficiente para ensinar. Daí ocorre os problemas, pois questões que antes eram duvidas se tornam certezas. Certos de que estão seguros acabam perdendo suas certezas da pior forma possível, transformando-as em problemas.

Referencial Teórico
A gravidez na adolescência está se tornando cada vez mais comum, pois os jovens estão ingressando cada vez mais cedo, a sua vida sexual. Os maiores problemas que a gravidez na adolescência acarreta são problemas emocionais, sociais e principalmente familiares. Segundo Eliene Percília, o maior problema familiar é a falta de diálogo.

“É muito importante que haja diálogo entre os pais, os professores e os próprios adolescentes, como forma de esclarecimento e informação. Mas o que acontece é que muitos pais acham constrangedor ter um diálogo aberto com seus filhos, essa falta de diálogo gera jovens mal instruídos que iniciam a vida sexual sem o mínimo de conhecimento. Alguns especialistas afirmam que quando o jovem tem um bom diálogo com os pais, quando a escola promove explicações sobre como se prevenir, o tempo certo em que o corpo está pronto para ter relações e gerar um filho, há uma baixa probabilidade de gravidez precoce e um pequeno índice de doenças sexualmente transmissíveis. "
Segundo a autora Marta Edna Holanda Diógenes Yazlle, existem fatores que devem ser observados como possíveis predisponentes da gravidez na adolescência que são: baixa auto-estima, dificuldade escolar, abusa de álcool e drogas, comunicação familiar escassa, conflitos familiares, pai ausente e ou rejeitador, violência física, psicológica e sexual, rejeição familiar pela atividade sexual e gravidez fora do casamento, separação dos pais, amigas grávidas na adolescência, problemas de saúde e mães que engravidaram na adolescência.
Segundo Maria Sylvia de Souza Vitalle e Olga Maria Silvério Amâncio, da UNIFESP, a maioria das adolescentes grávidas vem de situações familiares parecidas, onde, as mães das adolescentes também começaram a vida sexual cedo, e acabaram engravidando adolescentes. Além das adolescentes não terem condições financeiras para assumir os filhos, existe a repressão familiar que faz com que muitas fujam de casa e praticamente todas abandonam os estudos. Também quando ocorre a gravidez na adolescência, existem conseqüências tardias e em longo prazo, tanto para a adolescente quanto para o bebê. A adolescente poderá apresentar problemas: no desenvolvimento, emocionais, comportamentais, educacionais e de aprendizado, além de complicações da gravidez e problemas no parto.

Podemos concluir que ao engravidar na adolescência sem ter um preparo maduro e conciliado com a família fica difícil, mas não impossível, a adolescente (mulher) e o adolescente (homem), acabam perdendo coisas e etapas daquele momento, mas acabam adquirindo uma maturidade sobre a vida. Na escola deveria ser estudado sobre este assunto que as vezes aprende na rua porque tem vergonha ou medo de perguntar por mais que tenhamos estas informações fica difícil entender o produto que é a GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA .

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