terça-feira, 24 de novembro de 2009

Gravidez na adolescência

A adolescência é o período transitório entre a infância e a idade adulta. Ela dura dos 10 aos 20 anos incompletos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Hoje, ocorrem mais de 700 mil partos de adolescentes por ano.

Com as meninas com idade inferior a 15 anos, a tendência de ocorrer complicações no parto é maior, e em menores de 13 anos é ainda pior. A taxa de mortalidade entre as gestantes adolescentes é duas vezes maior do que entre as adultas.

Nas grávidas adolescentes com 17 anos ou menos, 14% dos nascidos são prematuros. A mãe adolescente também apresenta maior frequência de sintomas depressivos no pós-parto.

Entre as complicações que ocorrem com as adolescentes grávidas, as mais frequentes são:
* toxemia gravídica (doença hipertensiva com fortes possibilidades de convulsões);
* maior índice de cesarianas;
* desproporção céfalo-pélvica (desproporção entre o tamanho da cabeça do feto e da pelve da mãe)
* síndromes hemorrágicas;
* lacerações perineais;
* ruptura precoce da bolsa;
* prematuridade fetal.

Além das complicações físicas, ainda há as psicossociais, que leva a prejuízos nos projetos de vida da adolescente. Alguns fatores de risco para gravidez na adolescência:
* antecipação da menarca;
* educação sexual ausente ou inadequada;
* atividade sexual precoce;
* desejo de gravidez;
* dificuldade para práticas anticoncepcionais;
* problemas psicológicos e emocionais;
* mudanças dos valores sociais;
* migração mal sucedida;
* pobreza;
* baixa escolaridade;
* ausência de projeto de vida.

As complicações psicossociais são, muitas vezes, piores do que as complicações físicas. Pode ocorrer o abandono do lar dos pais, o abandono pelo pai da criança, opressão e descriminação social, interrupção dos estudos e suas consequências futuras (empregos menos remunerados e dependência financeira dos pais). Além disso, os casamentos devidos à gravidez tem levado a uma maior taxa de separações.

Segundo Verena Castellani V. Santos, os filhos de mães adolescentes, comparados aos filhos de mães adultas, têm maior risco de serem adotados, sofrem mais a negligência materna, são internados em hospitais mais vezes e sofrem mais acidentes. Eles possuem também um maior risco de atraso de desenvolvimento, dificuldades acadêmicas, desordens de comportamento, abuso de drogas e de se tornarem também pais adolescentes.

Ballone GJ - Gravidez na Adolescência - in. PsiqWeb, Internet, disponível em http://gballone.sites.uol.com.br/infantil/adolesc3b.html

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